Condenado a 10 anos de prisão o homem que cometeu crime brutal e chocou moradores de Goiâlândia 3r6150
Promotor sustentou cronologia impecável dos fatos e convenceu os jurados quanto a premeditação e requintes de crueldade 6l464


Leandro Batista Manso, de 35 anos, recebeu veredito nesta terça-feira ( 10) para cumprir pena fixada em 10 anos de prisão pela tentativa de homicídio qualificado contra Daiana Silva de Almeida.
O crime brutal aconteceu em 26 de março de 2022, no Distrito de Goialândia, e chocou profundamente os moradores da região pela extrema violência empregada em plena praça pública.
O Tribunal do Júri da 4ª Vara Criminal de Anápolis reconheceu a materialidade, autoria e a qualificadora do crime após julgamento que se estendeu por horas.
Responsável pela acusação, Eliseu Belo, titular da 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis, apresentou a acusação aos jurados, detalhando a cronologia dos fatos e destacando a premeditação e a crueldade do ataque.
Criminoso criou teoria delirante para justificar vingança brutal
A investigação revelou que Leandro desenvolveu uma teoria completamente desconectada da realidade para justificar o ataque selvagem. Em sua mente perturbada, ele culpava Daiana pela morte de seu irmão Rogério, que havia falecido por complicações relacionadas ao uso de crack.
O crime foi friamente planejado. Segundo o depoimento da testemunha presencial Betânia Maria Ferreira, Leandro chegou à praça, avistou a vítima e retornou para casa buscar um facão.
A premeditação ficou cristalina quando ele voltou armado, demonstrando que havia arquitetado o ataque.
Vítima implorou pela vida antes de ser brutalmente atacada
O relato de Betânia foi devastador e chocou os jurados. A testemunha contou que Daiana, ao perceber Leandro se aproximando com o facão, pegou uma cadeira para se proteger e implorou desesperadamente: “Leandro, por que você está fazendo isso? Não precisa disso, não”.
A súplica foi ignorada. Daiana tentou fugir correndo em direção ao bar, mas foi alcançada e recebeu o primeiro golpe de facão nas costas. O que se seguiu foi uma cena de horror: enquanto a vítima se arrastava pelo chão tentando proteger a cabeça com as mãos, Leandro continuou desferindo golpes brutais.
Ataque selvagem em praça lotada aterrorizou população
O crime aconteceu por volta das 16h18, na Avenida Principal do Distrito de Goiâlândia, em plena praça pública repleta de pessoas. O que mais chocou foi a duração e intensidade do ataque: foram “vários golpes” durante aproximadamente 10 a 20 minutos ininterruptos de pura selvageria.
Apesar da praça estar lotada, o terror tomou conta e apenas uma pessoa teve coragem de intervir: “Domingão”, que estava no bar do Zagalo, correu e empurrou Leandro, salvando a vida de Daiana. Sem essa intervenção heroica, o crime teria sido consumado.
A vítima ficou gravemente mutilada, perdendo três dedos na agressão brutal.
Histórico de perseguição revelou obsessão doentia de Leandro
O processo revelou um padrão aterrorizante de perseguição. Não era a primeira vez que Leandro caçava Daiana pelas ruas de Goiâlândia. A testemunha relatou outras ocasiões em que ele correu atrás da vítima, que precisou se refugiar desesperadamente na casa de vizinhos.
Após o ataque brutal, Leandro demonstrou que sua sede de sangue não havia sido saciada, chegando a dizer que iria “terminar o serviço”. A ameaça revelou que a intenção homicida permanecia latente.
Acusação demoliu defesa com provas irrefutáveis
A atuação do promotor Eliseu Belo foi decisiva para o convencimento dos jurados. Isso porque a defesa tentou desclassificar o crime para lesão corporal e emplacar a ideia de que Leandro teria desistido de matá-la. Foi quando a acusação apresentou provas irrefutáveis de que apenas a intervenção de terceiro conseguiu impediu o homicídio.
O Conselho de Sentença rejeitou por unanimidade as argumentos da defesa e acolheu a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima, reconhecendo que o ataque covarde de surpresa impossibilitou qualquer reação de Daiana.
Nota 10
Para o promotor Eliseu Belo pela atuação no caso de Goialândia. Meritoriamente, ele nunca foi derrotado em tribunais do júri.
Nota Zero
Para o vereador Luzimar Silva, do Progressistas, que disse ter blindado o próprio carro para fins de segurança. Se tem dinheiro para tal, por que usou veículo oficial da Câmara para ear em São Paulo?