Mãe explica como filha de 9 anos teve dedo arrancado por piranhas em lago de Caldas Novas 332v4r

Criança havia colocado os pés na água há poucos segundos quando começou a gritar 3z6i4u

Natália Sezil Natália Sezil -
Criança precisou amputar o dedo após ser atacada por piranhas.
Criança precisou amputar o dedo após ser atacada por piranhas. (Foto: Reprodução)

Uma criança, de apenas nove anos, ou por momentos de terror após ter os pés atacados por piranhas em um lago turístico de Caldas Novas, a 170 km de Goiânia.

Um dedo precisou ser parcialmente amputado, enquanto o outro ficou com ferimentos graves. A mãe dela, Janaína, compartilhou ao Portal 6 que as noites têm sido um pesadelo desde que a situação aconteceu, no último domingo (08).

Mãe e filha visitavam o Lago Sul para fazerem um piquenique. Haviam chegado há aproximadamente 30 minutos e montado os lanches, quando a pequena quis tomar banho ali.

A mãe, preocupada, não deixou. Mas, diante da aparente tranquilidade, permitiu que a filha – Yasmin – colocasse os pés no lago apenas para “conhecer a água“.

“Foi questão de segundos e ela começou a gritar muito, desesperada, dizendo ‘mãe, as piranhas me morderam, me morderam’.”, contou Janaína. “Nessa hora a minha alma saiu do meu corpo”.

Com a filha machucada, a mãe relata que sequer teve forças para ligar para os socorristas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisou ser acionado por outras pessoas.

“Lá é um morro. Eu subi aquilo tudo com ela no meu colo, e os pés dela sangrando. A minha sorte é que a Yasmin ficou calma, mas as outras crianças olhavam horrorizadas, dizendo que faltava um dedo”, detalhou.

A criança logo foi levada ao Hospital Materno, onde recebeu o atendimento especializado e levou pontos nos dedos do pé. Ainda não há previsão de melhora, e Yasmin deve continuar sendo monitorada semanalmente.

E a sinalização?

Janaína detalhou à reportagem que o local até possui placas de sinalização, mas que elas não chamam muita atenção. “Deveriam ter mais visibilidade, porque poucas pessoas irão parar para ler do jeito que está”, defende.

O Lago Sul, que seria “o único lugar de área aberta” na cidade, seria uma alternativa a quem vai para Caldas Novas, mas não quer ir aos clubes. “Muita gente acaba pensando que é um lago tranquilo”.

Em nota, a Prefeitura de Caldas Novas informou que “a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMMARH) tem instalado placas de aviso e promovido campanhas de educação ambiental junto aos turistas e moradores sobre o perigo real de acidentes”.

Posicionamento da gestão municipal

O comunicado também afirmou que “todo acompanhamento pós-lesão está sendo monitorado pelas equipes do ambulatório do Centro Médico Especializado (CME), visando garantir recuperação adequada e prevenir complicações”.

Apesar disso, a mãe reclama que não teve nenhum contato da gestão municipal. “Não nos procuraram. Poderiam oferecer uma cadeira de rodas, algo assim. A Yasmin fica o tempo todo no colo agora, porque não pode colocar o pé no chão”.

Noites de pesadelos

Agora, os dias têm sido difíceis. Após a anestesia ar, a criança tem sentido fortes dores, e os pés têm sangrado facilmente. “Não pode nem colocar os pés pra baixo”, contou a mãe.

Com o ocorrido, o Lago Sul ou a ser sinônimo de memórias ruins. “A Yasmin não quer mais voltar lá, e eu, de olhar, só consigo lembrar da cena”.

Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e fique por dentro das últimas notícias de Goiás!

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade